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Mudança da especificção do óleo do motor Renegade
6/4/2019, 21:09
Consultando os manuais percebi que entre 2016 e 2017 a Jeep mudou a especificação do óleo lubrificante do motor.
A imagem abaixo é do manual do 2016:
Pode-se observar que em 2016 a especificação era bastante exigente, requerendo um óleo que atendesse API SN, ILSAC-GF5 e ACEA A5/B5, além de atender a qualificação Fiat 955535 - G1. Nessa época a FCA fez parceria com a SHELL e foi lançado o óleo MOPAR MaxPro que é o único óleo com absolutamente todas essas homologações, até onde sei. Entretanto, a FIAT já utilizava no motor etorq o óleo Selenia K Pure Energy da Petronas. Esse é o óleo homologado FIAT para esse motor. Em 2017 com o lançamento da Toro, usando o mesmo motor do Renegade, a FIAT continuou recomendando o Selenia na TORO e foi mudada a recomendação do Renegade, conforme pode ser visto na figura abaixo.
Atualmente tanto a Toro quanto o Renegade estão com a mesma especificação de lubrificante de motor e essa especificação é a mesa que Fiat usa há muito tempo para o motor etorq, ou seja, são as características do Selenia K Pure Energy. Eu acho muito estranha essa mudança, porque o padrão foi rebaixado na minha opinião. Considerando que o motor etorq do Renegade e da Tora tem diversas diferenças em relação ao que era utilizado nos carros Fiat, isso já em 2015 no lançamento do Renegade (variador de fase, corrente de comando, maior taxa de compressão, etc) e ainda mais após 2017 com as novas mudanças no motor (maior torque, maior potência, stop/start, etc), era de se esperar a recomendação de um óleo mais moderno, como o que está no manual do Renegade 2015 e 2016. Com a mudança em 2017 reduziram a recomendação do API de SN para SM, o que é estranho uma vez que o padrão SN é superior ao SM mas tem retrocompatibilidade. A mesma coisa aconteceu com o ILSAC que foi reduzido do GF5 para GF3, mesmo o GF5 sendo superior e retrocompatível. Os padrões API SN e ILSAC GF5 são interessantes, por exemplo, porque preveem maior compatibilidade com alto teor de etanol no combustível, o que é comum no Brasil. Com relação à especificação ACEA, estão recomendando A1/B1, mas esse padrão foi abandonado na revisão de 2016 do ACEA uma vez que o A5/B5 supre as exigências e ainda engloba as exigências de melhorar a resistência ao desgaste da especificação A3/B4.
Fica a dúvida: Realmente o Selenia é melhor para o motor ou é apenas questão de parceria comercial?
A imagem abaixo é do manual do 2016:
Pode-se observar que em 2016 a especificação era bastante exigente, requerendo um óleo que atendesse API SN, ILSAC-GF5 e ACEA A5/B5, além de atender a qualificação Fiat 955535 - G1. Nessa época a FCA fez parceria com a SHELL e foi lançado o óleo MOPAR MaxPro que é o único óleo com absolutamente todas essas homologações, até onde sei. Entretanto, a FIAT já utilizava no motor etorq o óleo Selenia K Pure Energy da Petronas. Esse é o óleo homologado FIAT para esse motor. Em 2017 com o lançamento da Toro, usando o mesmo motor do Renegade, a FIAT continuou recomendando o Selenia na TORO e foi mudada a recomendação do Renegade, conforme pode ser visto na figura abaixo.
Atualmente tanto a Toro quanto o Renegade estão com a mesma especificação de lubrificante de motor e essa especificação é a mesa que Fiat usa há muito tempo para o motor etorq, ou seja, são as características do Selenia K Pure Energy. Eu acho muito estranha essa mudança, porque o padrão foi rebaixado na minha opinião. Considerando que o motor etorq do Renegade e da Tora tem diversas diferenças em relação ao que era utilizado nos carros Fiat, isso já em 2015 no lançamento do Renegade (variador de fase, corrente de comando, maior taxa de compressão, etc) e ainda mais após 2017 com as novas mudanças no motor (maior torque, maior potência, stop/start, etc), era de se esperar a recomendação de um óleo mais moderno, como o que está no manual do Renegade 2015 e 2016. Com a mudança em 2017 reduziram a recomendação do API de SN para SM, o que é estranho uma vez que o padrão SN é superior ao SM mas tem retrocompatibilidade. A mesma coisa aconteceu com o ILSAC que foi reduzido do GF5 para GF3, mesmo o GF5 sendo superior e retrocompatível. Os padrões API SN e ILSAC GF5 são interessantes, por exemplo, porque preveem maior compatibilidade com alto teor de etanol no combustível, o que é comum no Brasil. Com relação à especificação ACEA, estão recomendando A1/B1, mas esse padrão foi abandonado na revisão de 2016 do ACEA uma vez que o A5/B5 supre as exigências e ainda engloba as exigências de melhorar a resistência ao desgaste da especificação A3/B4.
Fica a dúvida: Realmente o Selenia é melhor para o motor ou é apenas questão de parceria comercial?
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Re: Mudança da especificção do óleo do motor Renegade
8/4/2019, 07:26
fernandosousa escreveu:Consultando os manuais percebi que entre 2016 e 2017 a Jeep mudou a especificação do óleo lubrificante do motor.
A imagem abaixo é do manual do 2016:
Pode-se observar que em 2016 a especificação era bastante exigente, requerendo um óleo que atendesse API SN, ILSAC-GF5 e ACEA A5/B5, além de atender a qualificação Fiat 955535 - G1. Nessa época a FCA fez parceria com a SHELL e foi lançado o óleo MOPAR MaxPro que é o único óleo com absolutamente todas essas homologações, até onde sei. Entretanto, a FIAT já utilizava no motor etorq o óleo Selenia K Pure Energy da Petronas. Esse é o óleo homologado FIAT para esse motor. Em 2017 com o lançamento da Toro, usando o mesmo motor do Renegade, a FIAT continuou recomendando o Selenia na TORO e foi mudada a recomendação do Renegade, conforme pode ser visto na figura abaixo.
Atualmente tanto a Toro quanto o Renegade estão com a mesma especificação de lubrificante de motor e essa especificação é a mesa que Fiat usa há muito tempo para o motor etorq, ou seja, são as características do Selenia K Pure Energy. Eu acho muito estranha essa mudança, porque o padrão foi rebaixado na minha opinião. Considerando que o motor etorq do Renegade e da Tora tem diversas diferenças em relação ao que era utilizado nos carros Fiat, isso já em 2015 no lançamento do Renegade (variador de fase, corrente de comando, maior taxa de compressão, etc) e ainda mais após 2017 com as novas mudanças no motor (maior torque, maior potência, stop/start, etc), era de se esperar a recomendação de um óleo mais moderno, como o que está no manual do Renegade 2015 e 2016. Com a mudança em 2017 reduziram a recomendação do API de SN para SM, o que é estranho uma vez que o padrão SN é superior ao SM mas tem retrocompatibilidade. A mesma coisa aconteceu com o ILSAC que foi reduzido do GF5 para GF3, mesmo o GF5 sendo superior e retrocompatível. Os padrões API SN e ILSAC GF5 são interessantes, por exemplo, porque preveem maior compatibilidade com alto teor de etanol no combustível, o que é comum no Brasil. Com relação à especificação ACEA, estão recomendando A1/B1, mas esse padrão foi abandonado na revisão de 2016 do ACEA uma vez que o A5/B5 supre as exigências e ainda engloba as exigências de melhorar a resistência ao desgaste da especificação A3/B4.
Fica a dúvida: Realmente o Selenia é melhor para o motor ou é apenas questão de parceria comercial?
Fernando. Muito bom trazer esse assunto à tona. Essa situação me fez lembrar da Honda em meados de 2009, quando passaram a usar o óleo 0w20 sintético nos Fits, mesmo nos antigos (o antigo era mineral 5w30 se não me engano). Foi uma bateção de motor na época!
Em 2015, logo após o lançamento, usavam Selenia, mas pouco tempo depois passaram para o Shell (isso na versão diesel). De algum tempo para cá, o Selenia.
Como não houve mudança na viscosidade, creio que a mudança se deu por questão de parceria, embora o Selenia Perform seja A5/B5 e seu preço é muito próximo do que usam hoje. Hoje, cada vez mais o Renegade e Toro andam juntos na mecânica.
Eu mesmo tenho comprado o kit de troca (óleos, filtros) na Fiat e são os mesmos da Jeep, porém bem mais baratos.
[]s
J.
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Re: Mudança da especificção do óleo do motor Renegade
8/4/2019, 22:01
As figuras abaixo mostram uma comparação entre as características de um lubrificante ACEA A1/B1-04, que é o atualmente recomendado pela JEEP e FIAT e o A5/B5 na sua última revisão em 2016. É possível perceber que houve uma grande melhora no que se refere a capacidade de manter o motor limpo e evitar o desgaste, o que deve prolongar a vida útil do motor. A outra figura compara os padrões A3/B4-16 e A5/B5-16. Comparando as duas figuras é possível perceber que o A5/B5-16 engloba todas as características do A1/B1-04 e do A3/B4-16 e que o A3/B4-16 só é inferior ao A1/B1-04 no quesito economia de combustível. Eu realmente gostaria de saber qual a justificativa para manterem um lubrificante com características tão ultrapassadas. Uma coisa certa é que muito mais barato produzir um lubrificante API SM, ILSAC GF-3 e ACEA A1/B1-04 do um API SN, ILSAC GF-5 e ACEA A5/B5-16.
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